Desta forma, o estudo centrou-se nas seguintes questões: As interações do sinistrado no trabalho com as insituições; os impactos do acidente sobre a vida e as identidades profissionais a nível dos rendimentos, emprego e relações de trabalho; o regresso ao trabalho após o acidente através de uma análise do ponto de vista do género e, por último, o sofrimento entre os sinistrados do trabalho.
O estudo destaca que os acidentes de trabalho impõem uma “dramática descontinuidade na vida profissional” (p.21) sendo o processo de desqualificação social “sensível a determinações associadas ao género, ao nível e formas de capital escolar detido e ao tipo de profissões dos agentes envolvidos” (p.27). “Assim apesar de os resultados evidenciarem de modo global, situações penosas e degradantes tanto para homens como mulheres, parece que as mulheres ficam recorrentemente mais prejudicadas, tendo em contas as condições de emprego e de trabalho, o tipo de acidente e lesão mais comuns, mas também o impacto destes acidentes na saúde que se expressa ainda sob a forma de dores que não são episódicas, que prevalecem no contexto de trabalho e fora de trabalho” (p.34).
A equipa de investigadores do Insitituto de Sociologia e da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto envolvida neste projecto foi constituída por Luís Machado, Vanessa Rodrigues, José Madureira Pinto, Cláudia Pereira, Marta Santos, Liliana Cunha, Bruno Monteiro e Marianne Lacomblez.
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